Estudo do departamento de clínica epidemiológica do Leiden University Medical Center, na Holanda, mostrou que o risco trombótico associado ao uso de contraceptivos orais está relacionado à dose de estrogênio e aos tipos diferentes de progesterona usados na composição do medicamento.
Participaram do estudo mulheres com idades inferiores a 50 anos que não estavam grávidas, nem estavam no período de 4 semanas do pós-parto e não usavam dispositivo intra-uterino ou adesivos de anticoncepcionais. A análise incluiu 1524 pacientes em uso de anticoncepcionais orais e 1760 controles de seis clínicas de anticoagulação da Holanda.
Os principais resultados mostraram que os anticoncepcionais atualmente disponíveis aumentam a chance de tromboembolismo venoso ou embolia pulmonar em cerca de 5 vezes comparado ao não uso desta medicação. O risco varia com o tipo de progesterona e a dose de estrogênio usados. O levonorgestrel é o tipo de progesterona mais seguro, comparado ao não uso desta medicação, de acordo com os tipos envolvidos no estudo.
Veja na tabela abaixo o risco de aumento de tromboembolismo venoso com o uso destas medicações:
Tipo de progesterona | Aumento do risco de trombose venosa |
Levonorgestrel | 3,6 vezes |
Gestodeno | 5,6 vezes |
Desogestrel | 7,3 vezes |
Acetato de ciproterona | 6,8 vezes |
Drospirenona | 6,3 vezes |
O risco de tromboembolismo venoso é maior, quanto maior a dose de estrogênio usada.
Independente do tipo de hormônio utilizado, foi confirmado um alto risco de tromboembolismo venoso durante os primeiros meses de uso de contraceptivos orais.
Fonte: BMJ